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janeiro 15, 2021De maneira geral, pode-se dizer que a abordagem Agile proporciona o dinamismo necessário para que empresas e organizações se adaptem rapidamente a mudanças – além de vantagens como redução de custos, melhoria na qualidade de produtos e serviços, aumento da produtividade e de ROI. No entanto, ainda que muitas companhias tenham abraçado essa jornada transformadora, o fato é que o êxito em sua implementação envolve inúmeros desafios – e veremos alguns deles a seguir.
Métodos antigos não funcionam mais
Lamentavelmente, muitos líderes ainda não entendem que o Agile consiste em uma grande mudança cultural – e, assim, acreditam erroneamente que é possível utilizar técnicas que foram bem-sucedidas no passado para aplicar metodologias ágeis. Vale ressaltar, ainda, outro grande equívoco – especialmente se levarmos em consideração que o novo mindset deve permear todos os níveis da organização: esperar que a implementação desses processos ocorra da noite para o dia.
Motivação e confiança
Ou seja, a liderança também precisa empreender uma jornada de aprendizado – afinal, é de extrema importância que a nova cultura da organização seja defendida a partir do topo. Não obstante, é essencial manter em perspectiva que tais mudanças jamais podem ser impostas às equipes. Em outras palavras, a adesão dos colaboradores deve ser espontânea – uma vez que a filosofia Agile valoriza a autonomia do indivíduo.
Nesse sentido, é muito oportuno destacar um dos princípios do Manifesto Ágil: “Construa projetos em torno de indivíduos motivados. Dê o ambiente e o suporte de que precisam e confie neles para fazer o trabalho”. A confiança e a motivação, portanto, se desenvolverão a partir do entendimento das razões pelas quais é necessário trabalhar de maneira diferente – além dos benefícios que isso proporcionará à organização e às equipes.
Equipes multifuncionais
Um trabalho ágil e eficaz envolve forte cooperação e comunicação eficiente, assim como times organizados de maneira coesa para oferecerem ótimas experiências, produtos e serviços aos clientes. Tais equipes devem ser multifuncionais, compostas por indivíduos com diferentes especialidades, experiências e pontos de vista unidos em torno de um objetivo em comum. E esse tipo de reestruturação organizacional, ressalte-se, é um dos fatores vitais para que a implementação do Agile em uma empresa seja bem-sucedida.
Tomada de decisões
A eficiência na tomada de decisões, por sua vez, é característica essencial em uma organização ágil – afinal, solicitações para aprovação e comitês representam obstáculos à (necessária) rapidez organizacional. Contudo, todos os membros da equipe devem ter plena consciência de suas responsabilidades para que isso seja possível. E um bom termômetro para mensurar se a jornada de transformação está no rumo certo é a confiança que cada indivíduo deposita na competência de seus colegas, a fim de que as decisões sejam tomadas rapidamente e com transparência.
Pensar muito e perder o foco
Finalmente, diversas companhias passam muito tempo discutindo e planejando sua transformação ágil – e isso é perfeitamente aceitável, já que trata-se de uma grande mudança sob diversos aspectos. No entanto, é fundamental manter os propósitos da organização em perspectiva – assim como a compreensão de que as respostas surgirão durante a jornada, em meio a experiências reais. Evidentemente, isso não diminui a importância de estabelecer um roteiro em direção aos objetivos esperados – e a vantagem, nesse sentido, é que sempre será possível ajustar a rota ao longo do caminho.
A pandemia do novo coronavírus mudou o modus operandi das organizações e, dessa maneira, sugeriu a busca por processos mais ágeis, interações mais práticas e atividades mais focadas. Ou seja, é a velha ideia do check and adapt, que citamos aqui diversas vezes, elevada ao cubo. A necessidade de entregar mais, mais certo e mais rápido deu ainda mais espaço às metodologias ágeis. Com boa parte do mundo em home office, serviços que antes eram consumidos in loco sendo levados para casa, mais canais digitais e mais transações virtuais, a tônica de testar, errar, aprender e mudar rápido ficou à flor da pele.
O lado bom da história? Equipes mais autônomas, disciplina, agilidade, colaboração, eliminação de desperdícios, foco e entregas mais certeiras. Mais Agile.