O segmento de varejo enfrenta mudanças diárias, e tal afirmação faz alusão direta à transformação digital. Exagero? Longe disso. O fato é que não adianta chorar pelo leite derramado: é preciso encarar o fato de que não há outra alternativa senão acompanhar essas mutações e obter o máximo de vantagens em meio a tal cenário – mesmo que seja tarefa hercúlea. Afinal, vale lembrar que há uma nova geração lá fora, que nasceu e cresceu em meio a um mundo digital.

Seja como for, uma das estruturas basilares da transformação digital no varejo é a integração de canais digitais e físicos. E o que isso significa? Que não é mais possível deixar de lado a realidade. Ou seja, resistir é inútil. O varejo atravessa um intenso processo de reestruturação. Certo, mas o que isso quer dizer? Que, com o apoio da Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Big Data (entre outras tecnologias), sua missão é proporcionar uma verdadeira experiência ao consumidor por meio de serviços agregados, a fim de obter sua fidelização.

Mas essas ações não devem ser utilizadas sem que estejam alinhadas à estratégia de mesmerizar o cliente, já que o ato de comprar pode e deve ser divertido e agradável. De qualquer maneira, em 2020 as interações por smartphones e tablets ganharão ainda mais força. Pode-se dizer, assim, que as pessoas desejam comprar sem interações ou processos; é preciso que seus desejos estejam a apenas um clique de distância.

Em contrapartida, as empresas terão de investir em conexões humanas, que é um poderoso diferencial para os consumidores – mesmo que as pessoas estejam, a cada dia, mais conectadas a seus aparelhos móveis.

Mas o que não se pode tirar de vista é que a jornada do cliente tem de ser flexível, mesmo que tal conceito não seja exatamente uma novidade. E é preciso levar em conta que a agilidade também é fundamental. Tempo é tudo! É mais ou menos a filosofia do “não dá para ser agora? Tudo bem. Tchau”. E isso se tornará cada vez mais comum nos próximos anos.

É necessário, portanto, que sejam desenvolvidas experiências personalizadas para que o cliente não perca tempo com o que não está de acordo com seus interesses. O novo consumidor, aliás, é exigente, rejeita os antigos padrões e estipula as tendências do varejo.

O desafio da transformação digital

Assim, pode-se dizer que Inteligência Artificial e Advanced Analytics serão ainda mais utilizadas a fim de promover uma experiência cada vez mais interessante, agradável e divertida aos clientes. E aumentar os investimentos em Cloud para lidar com a enorme quantidade de dados certamente proporcionará benefícios como redução de custos, maior segurança e acessibilidade às empresas de varejo.

As estratégias Ominchannel permanecerão essenciais para integrar os diversos canais de uma empresa e imprimir agilidade ao processo de compra. A utilização do Blockchain, por sua vez, também será intensificada, a fim de garantir a segurança nas transações e no armazenamento de informações dos clientes no sistema. E o crescimento do E-commerce, ao transformar lojas físicas em centros de distribuição, complementa o cenário para os próximos anos.

É claro que tais aspectos representam desafios consideráveis e farão com que as empresas tenham de ajustar sua maneira de fazer negócios – e não se pode dizer que essa é uma tarefa simples. Longe disso. Mas a competitividade de empresas e organizações não pode prescindir da inovação desencadeada pela transformação digital. Por esta razão, o alinhamento com as principais tendências tecnológicas para o segmento do varejo é condição sine qua non para que seja possível manter a competitividade.

No próximo post, selecionaremos algumas das tendências que farão parte da jornada do varejo em 2020.Não perca!