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A inovação traz possibilidades infinitas para a utilização da tecnologia em empresas e organizações – e essa tendência avança a passos largos em um mundo cada vez mais conectado. Entretanto, em que pese o fato de que isso representa um cenário extremamente promissor, a verdade é que ainda existem diversos obstáculos que precisam ser superados a fim de que seja possível obter todas as vantagens e benefícios proporcionados pela transformação digital. É o caso das tecnologias autônomas e de seus impactos sobre os resultados das companhias – como, por exemplo, a utilização de veículos independentes, em que a interferência humana é substituída por diversas ferramentas que assumem a direção, decidem e executam as ações necessárias em meio a um trajeto (como, por exemplo, controlar a velocidade, monitorar o combustível e efetuar as paradas necessárias) por meio de Inteligência Artificial e Machine Learning.

Veículos autônomos e o setor de logística

Evidentemente, se olharmos pela perspectiva do setor de logística, veículos autônomos certamente podem reduzir custos e riscos, aumentar a lucratividade e obter mais qualidade nas operações de transporte. Sim, esse é o cenário perfeito. Mas ainda há alguns fatores que precisam ser levados em consideração – e, claro, resolvidos. Do ponto de vista técnico, por exemplo, é necessário desenvolver sistemas que possuam uma compreensão espacial mais completa para garantir a segurança das pessoas ao redor, além de controles mais rigorosos quanto a eventuais falhas no sistema.

E há a questão da adaptação da estrutura viária (ruas, avenidas e estradas, por exemplo) para que os veículos autônomos possam circular. A capacitação técnica dos profissionais envolvidos nas operações com veículos autônomos também é outro ponto que deve ser levado em consideração – e, evidentemente, não se pode deixar de fora a necessidade de regulamentação, fator que ainda não foi amadurecido em diversos países (é o caso do Brasil, também). Sim, é possível afirmar que a inovação tecnológica trará (já traz) grandes mudanças para o setor de logística; porém, resta saber quanto tempo será necessário para responder a esses desafios.
 

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Os desafios das tecnologias autônomas no agronegócio

Sistemas autônomos em máquinas agrícolas são cada vez mais utilizados ao redor do mundo. No Brasil, entretanto, existem vários fatores que impedem sua disseminação em larga escala. Em outras palavras, ainda há um grande caminho a se percorrido nesse sentido. Vale ressaltar, ainda, que o país é um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do planeta; entretanto, a manutenção da competitividade no mercado global de agronegócio depende da inovação tecnológica, a fim de que seja possível reduzir custos em toda a cadeia produtiva e, dessa maneira, elevar a produtividade.

Não obstante, a questão também esbarra no aspecto legal, já que praticamente não existe legislação para máquinas autônomas. E é preciso levar em consideração, ainda, os fatores burocráticos e fiscais – obstáculos que inibem investimentos e, consequentemente, fazem com que a tecnologia de automação não deslanche no país. E, de acordo com especialistas, há, ainda, o desafio da conectividade – essencial para que os sistemas possam operar de maneira totalmente autônoma – em um território tão extenso quanto o brasileiro.

 

Alguns segmentos de mercado que aceleram a tecnologia autônoma

Ônibus Urbano– desde abril até outubro deste ano, cinco cidades europeias estarão testando ônibus autônomos – Gjesdal (Noruega), Helsinki (Finlândia), Tallinn (Estônia), Lamia (Grécia) e Helmond (Holanda).

Táxis – Elon Musk, da Tesla, prometia 1 milhão de robô-taxis ainda em 2020. Não irá acontecer. De qualquer forma, estamos nessa jornada. Lyft e Uber também apostam nesse caminho para ampliar a oferta e acesso a transporte.

Correios – Serviços postais públicos e privados em todo o mundo estão explorando o uso da tecnologia para entregas last-mile.

Transporte de Carga – os caminhões autônomos se multiplicam – DAF, Daimler, Iveco, Man, Scania e Volvo. A Ambev já tem feito entregas nos EUA. Em 2016, começou suas entregas e agora anunciou parceria com a UBER para continuar o projeto.

Entregas – a Amazon passou a usar drones, Google, Ford e Volks estão testando caminhões de entrega.

Mineração – em busca de segurança, redução de custos e produtividade empresas como a Cartepillar já colocaram equipamentos autônomos no mercado de mineração. A mina de Brucutu, operada pela Vale, é a primeira mina do Brasil 100% autônoma, desde 2019.

 

Para todos os efeitos, portanto, ainda há um vasto campo a ser explorado quando se fala em tecnologia de automação para o agronegócio. Por outro lado, o cenário é bastante promissor sob diversas perspectivas e, em alguns anos, as questões que inviabilizam essa tendência (em todos os segmentos) certamente farão parte do passado. No entanto, mesmo diante desses obstáculos, há diversos setores – como o de mineração – que já contabilizam ganhos por meio da utilização de veículos independentes. Por exemplo, em 2018 a Vale adquiriu caminhões gigantes controlados apenas por sistemas de computador, GPS, radares e Inteligência Artificial (IA) – e, em apenas um mês, aumentou em 26% o volume de minério transportado na mina de Brucutu, em Minas Gerais. Ou seja: o futuro já está entre nós.

 

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