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setembro 6, 2021ESG, sigla em para Environmental, Social e corporate Governance, significa imprimir as melhores práticas ambientais, sociais e de governança nas empresas. Não é um novo hype. Tornou-se essencial na medida em que consumidores procuram cada vez mais por “marcas amigáveis” e para garantir a sobrevida de mercados e do próprio planeta. E, nesse aspecto, tecnologias como IoT (Internet das Coisas) e IA (Inteligência Artificial) estão se tornando grandes aliados.
Market share, lucratividade e fidelização de clientes não estão do lado oposto de sustentabilidade, responsabilidade social e transparência. Muito pelo contrário, esses fatores geram impactos positivos ou negativos no balanço das empresas, dependendo de como são manejados.
Só para relembrar, em 2014, a Volkswagen Ag perdeu $14 bilhões em valor de mercado, depois do escândalo dos testes de emissão de poluentes. Quando veio a público que a empresa estava distorcendo os resultados dos testes, as ações chegaram a cair 23%.
Corroborando o fato, em 2017, a MSCI publicou o paper “Foundations of ESG Investing: How ESG Affects Equity Valuation, Risk and Performance” apontando que empresas com um índice ESG maior possuem meores riscos e menor custo de capital, o que leva também a um melhor valuation e menor volatilidade no mercado de ações.
Claro, há o “dilema tostines”: um valuation melhor possibilidade que empresas invistam em ESG? Ou investir em ESG é que leva a um valuation maior? De qualquer forma, há ainda a visão do soberano consumidor, seja ele B2B ou B2C. No estudo da Salesforce, State of Connected Custommer, que compartilhamos aqui, 75% dos clientes empresariais afirmam que a ética dos fornecedores se torna cada vez mais importante para suas decisões de compra.
Entre os consumidores finais, 71% disseram que passaram a prestar mais atenção aos valores das empresas no último ano e 61% afirmaram ter parado de comprar produtos de empresas cujos valores não estão alinhados aos seus.
O que a sigla ESG significa para as empresas?
ESG é um modelo para as empresas minimizarem seus impactos no meio ambiente, contribuírem para um mundo mais justo e garantir uma gestão mais transparente, de melhores processos e menores riscos para o stakeholders.
O termo ESG foi criado pelas Nações Unidas, em 2005, quando reuniu 20 instituições financeiras de diversos países para construir recomendações sobre essa temática e a diretriz de incluir a avaliação desses fatores no mercado financeiro para auxiliar no desenvolvimento de mercados mais sustentáveis e resultados para a sociedade.
ESG e as tecnologias emergentes – AI, IoT, Big Data
As práticas ESG vão se popularizam e algumas delas passam ou passarão a se tornar mandatórias em alguns mercados, demandando monitoramento, análises, ações, correções. Mais rápidas. Mais robustas. Ao se popularizarem essas práticas, naturalmente o consumidor, o investidor e demais stakeholders demandarão transparência nos indicadores que comprovam essas práticas. E, depois de um esforço humano inicial, será fundamental automação e inteligência artificial nesses processos.
Tecnologia é o game-changer na busca pelo triple bottom line
A IoT já trouxe produtividade e mitigação de problemas operacionais. Agora, é hora de monitorar as linhas de produção também para controlar emissões e otimizar o gasto de água, energia e gás, por exemplo.
Além disso, sustentabilidade diz muito respeito a analisar impactos de suas ações, de sua produção. Isso significa monitorar e analisar regularmente. E, assim, chegamos mais uma vez a Big Data e Inteligência Artificial para analisar dados qualitativos em alto volume e tempo real.
Não. Não é futurologia. A Sensefolio, por exemplo, monitora indicadores, relatório, menções em redes sociais de mais de 20 mil empresas em mais de 80 países para auxiliar analistas e investidores a monitorar investimentos e riscos.
Se esquecermos por um instante a sigla ESG e essa busca por conectar-se às marcas pelos valores que elas emanam, ainda assim, a combinação de IoT, Big Data Analytics e Inteligência Artificial nos guiará para a sustentabilidade, melhor gestão de riscos, economicidade da produção. São o centro de Smart Cities e Smart Factories.
É possível que algum membro do board, do conselho ou mesmo do time de inovação ainda possa estar cético quando essas três letrinhas. Mas, Inteligência Artificial, por exemplo, trata-se de obter informações para fazer melhor, mais barato e com menor risco. Ao final de tudo, a tecnologia está trabalhando para o “triple bottom line” (lucro, pessoas e planeta).
Assim, AI não só tem o papel de facilitar a análise de investidores, como no caso da Sensefolio, Nexus Frontier Tech e outras similares, como também torna-se um game-changer. Possibilita agilidade na descoberta, coleta e manuseio de informações vitais, além de capturar sentimentos e contextos das informações prestadas, nutrindo os controles das próprias empresas e de órgãos reguladores.
Investimentos sustentáveis já são um terço dos investimentos nos cinco maiores mercados do mundo, de acordo com a Global Sustainable Investment Alliance. É inadiável (desde sempre) a busca de melhor rentabilidade, menor risco para as operações e conexões mais sólidas com consumidores e investidores. Compatível com isso, é olhar para essas tecnologias – IoT, AI, Big Data Analytics – também com essa visão ESG e o intuito de medir e evoluir seus indicadores. O mundo já pode estar de olho em você com esse foco.