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ALL WE NEED IS DIGITAL, ou manifesto da transformação digital

O mundo está mudando. Está mudado. E essa primeira frase já deve ter sido repetida aos zetalhões em artigos, matérias e relatórios sobre transformação digital. Mas não se trata de nova buzzword, moda ou chavão. Porque quando você observa em seus processos, modelos de negócios e canais de contato tudo que ainda precisa ser feito, repensado e remodelado ou até mesmo quantos projetos de tecnologia já abarcaram milhões em investimentos e nas horas de dedicação para dar em nada – sem falar na experiência de uso e em toda a mudança que realmente acontece nas relações entre pessoas e de pessoas com marcas, produtos e empresas, aí você passa a entender porque parafraseei essa bela música dos insuperáveis Beatles (All we need is love): ALL WE NEED IS DIGITAL.

Os negócios estão (e não porque querem, mas porque precisam) se transformando em negócios de experiência. Lidamos diariamente com um volume altíssimo de mensagens e interações – e quase sempre por meio de smartphone, internet, apps e social media. A tradicional relação unívoca, top down de marcas e consumidores, não existe mais. A tecnologia é parte do dia-a-dia da maioria dos cidadãos e empresas, e o adjetivo disruptivo já é, praticamente, substantivo na cabeça e ação de executivos e investidores.

A transformação digital muda vidas e pessoas

A partir de agora, quem fabricava celulares está monitorando o sono de pacientes. Empresas que fabricavam carros estão se moldando como empresas de serviços de transporte compartilhado. Hotéis estão descobrindo que sua casa de praia é um forte concorrente. Empresas que foram fundadas há menos de 10 anos, para destruir frotas de taxi e acabar com a propriedade particular de veículos, agora se veem em uma encruzilhada – e, para tentarem sobreviver, investem em tecnologia para transporte autônomo e logística.

O reflexo disso, obviamente (mas nem sempre), é que nos últimos 20 anos o mundo mudou para todos!

Para os empregadores, por exemplo: uma pesquisa do MIT mostro, em 2017, que 70% dos CEOs acreditam que seus modelos de negócios estão sub judice, e 90% acham que ainda não encontraram a liderança e as habilidades necessárias para reconduzir suas organizações ao sucesso.

Para empregados: segundo o Brookings Institute, organização sem fins lucrativos localizada em Washington, DC, que monitora e modela políticas públicas, entre 2002 e 2016 o percentual de vagas de emprego que inclui quem possui baixo ou médio nível de habilidades digitais saltou de 45% para 71% sobre o total. No caso de alto nível de habilidades digitais, o salto foi de 5% para 23%. E são 32 milhões de ocupações nas empresas americanas! Digitalização, no conceito do instituto, envolve toda a modernização baseada em automação e tecnologia da informação.

Claro, não é motivo para pânico. Não é necessário jogar fora tudo o que você tem feito nos últimos 30 anos e tentar recomeçar. Esse mundo virou algo tão insanamente evolutivo que há momentos em que aquilo que parece um avanço irrefreável (veja a história da Uber, táxis e poder público no Brasil) acaba se revertendo. Previsões realizadas na sexta morrem antes mesmo da segunda-feira – e o mais sensacional modelo de negócios se desmancha pelo ar.

A TI BIMODAL está morta?

Veja, por exemplo, a TI BIMODAL, expressão cunhada pelo respeitadíssimo Gartner em 2015, que apregoava a convivência de duas forças de tecnologia dentro da organização, uma delas dedicada ao que é mais previsível na tecnologia da organização e preocupada com a performance e a infra, ou seja, com a manutenção do avião em pleno voo: veloz, econômico, seguro – e a outra pensando naquilo que demanda exploração, na disrupção, em experimentar e moldar o incerto, nas novas necessidades e novos problemas. Aquela que estaria construindo o teletransporte que substituiria a aviação comercial como conhecemos.

A velocidade de transformação dos negócios (e também do mundo, das pessoas e das relações) impôs, porém, que o CIO e suas áreas de tecnologia avancem numa visão mais holística. Ou seja, tudo o que é previsível e planejável precisa ser tratado com o olhar de quem pensa a disrupção. E aquilo que precisa ser disruptivo precisa do pano de fundo da performance, do resultado.

Não significa que a TI BIMODAL esteja morta; mas experimentação, free-thinking, UX, Design Thinking e metodologias ágeis como Agile, e MVP – Minimum Viable Product precisam começar a permear toda a organização e, em especial, o modelo de gestão da tecnologia da informação.

O mundo mudou. E a TI precisa mudar. ALL WE NEED IS DIGITAL!